Rocky 2 - A Revanche

Rocky 2 – A Revanche

Rocky 2 – A Revanche

O início desta trama é inegavelmente surpreende ao reproduzir os cruciais minutos finais de Rocky, um Lutador (1976). Não se trata apenas de uma menção aos fatos do filme anterior, algo corriqueiro em sequências, mas

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a exata cena do outro filme. Nós deixando até com a sensação de que ou erramos o filme ou erram na edição. A repetição tem uma finalidade. A função de concretizar e ficar na temporalidade – a ação continua segundos após a luta entre Rocky e Creed – além de forçar uma espécie de outra metade da mesma história.

No entanto, temos uma enorme diferença entre os dois filmes. Na troca de diretores, saindo o diretor John G. Avildsen, o próprio Stallone assumiu o cargo, mantendo-se igualmente na função de roteirista. As mudanças são sensivelmente visíveis no estilo quanto no roteiro. No que diz respeito ao estilo, Stallone trouxe um que sentimental um tanto quanto diferente da frieza e da melancolia do primeiro longa de Rocky. Agora, as imagens estão repletas de trilha sonora triste, Slow motion, close-ups no rosto dos atores nas cenas catárticas e vários outros

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efeitos durante a luta.

Se por um lado, A Revanche ganhou em realismo e no caráter espetacular: aquela luta simples e meio com cheiro fake – falsa da produção original torna-se visceral, com diversos efeitos sonoros e de montagem destinados a imergir o público na produção e faze-lo torcer ainda mais por Rocky. De outro lado, perde-se a simplicidade que constituía um dos grandes atrativos da obra original. A sequência adota uma linguagem mais convencional, disposta a agradar e apelar às sensações ao invés da razão.

Percebemos esses elementos no roteiro, preocupando-se em demasia em atribuir um caráter totalmente melodramático à revanche. Entram em cena a Família,  representada pelo casamento de Rocky com Adrian (Talia

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Shire), a dor do perigo de Rocky perder a vista caso lute novamente, a sensação de fracasso e desprezo ao não se inserir no mercado de trabalho, o problema de saúde que afeta a esposa grávida. A Esposa pedindo ao pugilista que não lute, que mude de vida. Rocky ficando sem dinheiro após conhecer o que uma vida de luxo pode lhe proporcionar. Do outro lado o adversário mandando diversas ofensas diretas. O roteiro desta produção é um tanto novelesco: acredita-se que é preciso multiplicar os conflitos para ampliar o potencial emotivo da história, logo após uma experiência tão bem-sucedida em minimalismo narrativo três anos antes.

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Por isso, o roteiro faz algo improvável: leva Rocky a um patamar de azarão ainda maior do que no primeiro combate. Desta vez, o boxeador dispõe de menos tempo para se preparar e lida com uma dor pessoal, enquanto Apollo treina muito mais empenhado e focado do que antes. A vitória vai se tornando cada vez mais improvável. A ingenuidade de Rocky também é maior, assim como a arrogância de Apollo. Opostos em tudo. De certo modo, A Revanche pretende oferecer um pouco mais do mesmo – um novo combate entre a dupla de boxeadores – com elementos aprofundados e reiterados.

Rocky 2 – A Revanche – A segunda sequencia da franquia de Rocky é tão surpreendente e espetacular quanto a primeira. Vale a pena cada segundo!

Apesar de perder na ambientação, por explorar pouco a o foco da luta a cidade de Filadélfia e a cultura popular, Stallone faz um trabalho competente no que diz respeito à solidão do protagonista. O diretor, que comandou quatro filmes da franquia diga-se de passagem, nunca se mostrou muito à vontade filmando espaços, mas sempre se

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mostrou um perito no domínio excelente da construção de seu personagem principal. Como ator, a atuação de Stallone é ótima mais uma vez, imprimindo tristeza e amargura em cada diálogo. Rocky é menos um azarão por sua trajetória atípica no esporte do que por sua incapacidade de se inserir na sociedade, em uma família ou grupo de amigos.

Olhando por este lado, a sequência, destinada a oferecer a conclusão que o espectador pensava encontrar no original, funciona como bom estudo de personagens. Esta acabou sendo a marca de Stallone como diretor na franquia Rocky: uma mão pesada para o drama, mas um carinho comovente por personagens como Adrian, Paulie, Mickey e o próprio Rocky.

Rocky 2 – A Revanche – Surpreende por editar o mesmo contesto do primeiro. A luta contra o Apollo Creed. Mas é tão válido assistir ao primeiro como é o segundo e todos os outros filmes da franquia.

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IMDB

 

Curiosidades

Mudanças no roteiro
Curiosidades sobre Rocky 2 – A Revanche

Na primeira versão do roteiro, a luta ocorria no Coliseu Romano.
Stallone na direção
Curiosidades sobre Rocky 2 – A Revanche

Segundo filme dirigido por Sylvester Stallone. O anterior foi A Taberna do Inferno (1978).
Trilogia?
Curiosidades sobre Rocky 2 – A Revanche

Após terminar Rocky 2 – A Revanche, Sylvester Stallone começou a escrever o roteiro de Rocky 3 – O Desafio Supremo. Originalmente, ele concebeu a série em apenas três filmes.
A saga do lutador
Curiosidades sobre Rocky 2 – A Revanche

Rocky 2 – A Revanche é o 2º de uma série de 6 filmes protagonizados pelo personagem Rocky Balboa. Os demais foram Rocky, Um Lutador (1976), Rocky 3 – O Desafio Supremo (1982), Rocky 4 (1985), Rocky 5 (1990) e Rocky Balboa (2006).

 

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