Jessica Jones – A Série Amanda Aparecida AçãoGeral 24 de novembro de 2015 Não é filme… Mas é com certeza uma das grandes estréias da semana, vamos falar da nova série original da Netflix Marvel’s Jessica Jones! A Marvel realmente esta surpreendendo cada vez mais, aproveitando-se o gancho de que tudo se passa no mesmo universo e que os filmes conversam com as séries era impossível deixar de comentar sobre Marvel’s Jessica Jones. A Série A história da série foca em uma personagem já cansada desde que sua curta vida como super-heroína acabou de forma trágica. Jessica Jones (Krysten Ritter) vem reconstruindo sua carreira e passou a levar a vida como detetive particular no bairro de Hell’s Kitchen, em Nova York, na sua própria agência de investigações, a Alias Investigations. Traumatizada por eventos anteriores de sua vida, ela sofre de Transtorno de Estresse Pós-Traumático, e tenta fazer com que seus super-poderes passem despercebidos pelos seus clientes. Mas, mesmo tentando fugir do passado, seus demônios particulares vão voltar a perseguí-la, na figura de Kilgrave (David Tennant), um obsessivo vilão que fará de tudo para chamar a atenção de Jessica. A personagem Jessica é interpretada muito bem pela Krysten Ritter e apresentada de forma que mesmo os expectadores que não conhecem os quadrinhos e que apenas estão acompanhando os projetos da Marvel conseguem se conectar com a personagem. Aqueles que não ficaram “super” cativados pela personagem auto-destrutiva, conseguem simpatizar com a causa e torcer por ela. A série tem uma fotografia urbana muito interessante e uma trilha instrumental de jazz ótima, e com certeza é uma das produções mais realistas atualmente com violência, sexo, personagens dúbios e tridimensionais. A abordagem realista da série chega até a diminuir os poderes da personagem para dar profundidade e explorar personalidade da personagem. A série aborda desde o abuso contra a mulher como a quebra de estereótipos da mulher, apresenta diversas personagens femininas fortes. O Vilão Agora vamos falar do vilão dessa primeira temporada, pessoalmente eu adoro vilões que fazem as coisas simplesmente porque tem poder para realizar o que desejam. David Tennant foi uma grande escolha para interpretar Kilgrave (O Homem púrpura). A construção do vilão é tão bem feita que é possível entender suas ações até antes mesmo do personagem ser colocado em tela. Nos quadrinhos O Homem Púrpura surgiu primeramente como um vilão do Demolidor. Zebediah Kilgrave era um espião soviético que recebeu a missão de se infiltrar em um laboratório do exército americano para roubar a amostra de um gás experimental. Ao entrar no laboratório, ele foi descoberto por um guarda, que disparou em direção a ele mas acertou o recipiente do gás em forma líquida, o conteúdo do recipiente caiu sobre Kilgrave, impregnando todo o seu corpo de uma coloração roxa. Aprisionado e interrogado, Zebediah contou uma história não muito convincente a seus captores e para sua surpresa foi libertado. Vários outros incidentes parecidos aconteceram nas semanas seguintes até que o vilão percebeu que o gás havia lhe conferido a capacidade de comandar a mente e a vontade das pessoas. Assumindo o nome de Homem-Púrpura, Kilgrave iniciou uma carreira criminosa. Derrotado pelo Demolidor em sua primeira investida contra a sociedade, ele foi o responsável pela morte do pai de Heather Glenn, namorada de Matt Murdock na época. Na série Kilgrave tem um background mais humanizado atribuindo a ele ter sido cobaia de experimentos feitos por seus próprios pais que eram cientistas da IGH, entidade que com certeza vai ser explorada na segunda temporada, já que foi atribuída a empresa ligação também com Jessica Jones. Impressões Na verdade muito do acerto da série se deve a escolha do elenco que além de Krysten Ritter e David Tennant conta também com Rachael Taylor, Mike Colter, Carrie-Anne Moss, Erin Moriarty, Eka Darville e Wil Traval. A série tem sim um ritmo lento e ainda colocou alguns fillers que normalmente só tem o objetivo de alongar a história, até acredito que dava pra contar a história em 8 ou 9 episódios como foi a série da Agente Carter, mas os fillers foram bem encaixados para dar “um tempo” na sofrência da personagem e o expectador se recuperar. Ao passo que depois de terminar a temporada que conta com 13 episódios a sensação que fica para o expectador é de “queria ver mais”. As cenas de luta não são tão elaboradas quanto a série do Demolidor, mas foram bem feitas. Usaram bem o artificio da personagem ser mais noturna e não ter grande treinamento para criar boas sequencias de ação. Mesmo com as sequencias de ação a série é mais centrada para a parte de investigação, criando sua própria identidade. A série além de ser recheada por easter-eggs, faz diversas referências aos filmes e outros seriados, contando com a participação de Rosario Dawson, interprete da personagem Claire Temple, também conhecida nos quadrinhos como a Enfermeira Noturna. A personagem conecta a série do Demolidor que vai para sua segunda temporada e já apresentou o personagem Luke Cage que também vai ganhar uma série própria produzida pela Netflix. Com certeza a série é um grande acerto da parceria Marvel/Netflix, vale muito a pena assistir! O ruim mesmo é ter que esperar um ano pela próxima temporada. Confiram o trailer da série aqui em baixo: